A Sexualidade é um importante aspecto da vida e problemas nessa área podem gerar muito sofrimento.
Quando um(a) paciente marca uma consulta de sexualidade, ele(a) normalmente tem algumas dúvidas: devo levar meu parceiro(a), o que será abordado nessa consulta, será que meu problema é físico, os medicamentos que tomo podem estar interferindo na minha sexualidade, será que o médico se interessará em ouvir meus problemas conjugais e afetivos ou devo me restringir a minha queixa sexual?
Com o advento das medicações que surgiram para tratar os problemas sexuais, a terapia sexual deixou de ser exclusivamente baseada em técnicas psicológicas (ou comportamentais) e, nem tampouco, baseia-se apenas em tratamentos medicamentosos e hormonais.
A Sexualidade Humana é muito ampla e se baseia em uma avaliação detalhada de aspectos físicos (doenças, medicações, alterações hormonais) que podem afetar direta ou indiretamente a função sexual, aspectos psicológicos (contexto de vida atual, história pregressa, aspectos relacionados à criação, relacionamentos interpessoais, aspectos morais, religiosos, dificuldades em outros aspectos da vida que podem influenciar a sexualidade) e aspectos conjugais (qualidade da relação, infidelidade, problemas de saúde e disfunções sexuais do parceiro).
A consulta de sexualidade envolve acima de tudo uma história clínica detalhada em busca dos fatores que podem influenciar a vida sexual.
Para um melhor aproveitamento da consulta, sugere-se em um primeiro momento que não se leve o parceiro(a), para que você se sinta o mais à vontade possível para descrever suas queixas sexuais.
A primeira consulta funciona como uma triagem para se definir se há uma disfunção sexual (ou se a queixa sexual não configura uma disfunção), se os problemas sexuais são consequência de problemas conjugais ou dificuldades em outros aspectos da vida, ou se a disfunção sexual é de causa física, psicológica ou ambas.
Muitos especialistas atuam no tratamento das dificuldades sexuais: sexólogos, psicólogos, ginecologistas, urologistas, fisioterapeutas do assoalho pélvico e psiquiatras. Em alguns quadros, um tratamento multidisciplinar traz resultados mais eficazes.
Na primeira consulta você será informado do melhor caminho a seguir!
Alguns casos necessitam apenas de uma consulta de orientação (e informações sobre o funcionamento da resposta sexual normal), alguns pacientes são encaminhados para outros profissionais e outros têm indicação de terapia sexual com periodicidade semanal ou quinzenal. A terapia sexual é uma terapia breve que dificilmente ultrapassa 20 sessões.